Situada no extremo norte do Chile, a região de Tarapacá é conhecida pelo clima desértico (o deserto do Atacama), pela mineração (ouro, cobre, …) e pelas salinas. Entretanto, a vinícula que leva seu nome, não possui associação direta com a região de Tarapacá e produz a grande maioria dos seus vinhos com denominação de origem do Valle del Maipo.
A Título de Curiosidade: A Região Chilena de Tarapacá
Atualmente chamada de Viña Tarapacá Ex-Zavala tem sua história iniciada em 1874, conhecida então como Viña de Rojas, pois seu fundador foi Don Francisco de Rojas y Salamanca. Foi adquirida por Antonio Zavala, sendo chamada Viña Zavala.
Após a separação de Antonio Zavala de sua esposa, esta ficou com a vinícola cujo advogado, Don Arturo Alessandri, era conhecido como o “Leão de Tarapacá”. Em sua homenagem “por seu trabalho no processo” (eu consigo imaginar mais coisa aí e você não?), a vinícola passou a se chamar Viña Tarapacá Ex-Zavala.
Uma curiosidade e tanto para você, leitor do Baco&Ninkasi, poder contar na roda de amigos ao degustar este simples, porém honesto vinho chileno.
A vinícula hoje é mais uma das gigantes chilenas. É meu amigo, o negócio de produzir vinhos no Chile vai muito bem, obrigado.
O Cosecha Tarapacá é um dos vinhos de base da vinícula. Pareceu-me bastante correto, entretanto sem maiores complexidades, não surpreende mas também não decepciona e com excelente relação qualidade/preço (Paguei R$ 28,00).
A vinícola descreve que esta linha é formada por “vinos jóvenes, frescos, simples y agradables“. Concluimos, portanto, que ele não é e nem pretende ser, um grande vinho, mas no que ele pretende o faz com competência.
No copo, sua cor que vai de rubi a púrpura intensa, indica seu aspecto de jovialidade. Aparência límpida, brilhante. Ao degustar percebe-se aroma de frutos vermelhos maduros, amora e um leve toque de pimenta vermelha. Também é possível sentir um aroma de madeira, ao fundo. Álcool presente (13%), mas sem incomodar. Poucos taninos, sem robustez, macios, tendendo a desaparer, o que demonstra se tratar de um vinho para ser bebido bem jovem realmente (em 2 ou 3 anos, no máximo).
Ao final da degustação temos uma boa persistência, agradável. Corpo mediano e boa acidez. Enfim, bastante equilibrado.
Fica a recomendação do Baco&Ninkasi, especialmente pelo excelente custo x benefício (é um dos Chilenos de renome mais baratos). Porém, lembre-se de não comprar safras antigas (no máximo de 2 a 3 anos).
O post Cosecha Tarapacá 2010 Cabernet Sauvignon – Um Chileno conhecido apareceu primeiro em Baco & Ninkasi.